sábado, 8 de julho de 2017

SOBRE O GERMINE COLETIVAS FEMININAS

A palavra GERMINE para definir este coletivo foi escolhida por dentro do domínio conceitual vegetal e está relacionada a florear, brotar, abrir, florescer, florir, enflorar, enflorecer, frondear, frondejar, germinar, desabrochar, arborear, grelar. (http://dicionariocriativo.com.br/analogico/vingar/verbo vegetal). A escolha está também centrada na idéia de desafrontar, reabilitar, ilibar, chegar a, atingir, vencer (distâncias), galgar, subir, trepar, conseguir alcançar espaços que nos foram usurpados pela tradição patriarcal, que começam na reconexão com um corpo feminino e sua relação com o corpo da mãe terra. A ideia de criação do celetivo portanto, afirma a relação entre os ciclos da natureza, as estações e os ciclos lunares.
 "O corpo feminino com seus ciclos, cria a imagem da vida Como o nascimento, o crescimento, a morte e o renascimento..."(odespertardofeminino.com.br)."
O Vingar - Coletivo Feminino, nasce com o intuito de dar passagem aos estudos sobre auto-conhecimento, reconexão e o sagrado na ancestralidade feminina pela escolha de prática integrativas, que valorizem a origem, o principio da vida, a terra.
"Uma mulher que toma consciência do próprio ciclo e das energias inerentes contidas nele, aprende a perceber a divindade dentro da terra e de si mesma..."(odespertardofeminino.com.br)
Situamos nossa atuação na busca de desenterrar esse sagrado na natureza, nas escritas que saem dos dedos que tecem, a palavra do silêncio colorido na artesania manual feminina, na música como reveladora desse dizer sonegado, pondo questão no que fazemos com o tempo, com a vida. Praticando encontros temáticos em que prevaleçam os desaprendizados coloniais pelo acesso ao saber recebido da mãe natureza, pela desominização das palavras e gestos. Ir aprofundando os saberes da água.. da mata.. as terapias. Despraticando a escola em sua forma quadrada e obsoleta, em suas formas endurecidas de escrita. Nossa escrita é corporal ..é gestual..é dançante..Somos criaturas-passarinhos, contamos com a beleza que está em nós por baixo de tudo o que é cotidianamente colocado como um fardo sobre os corpos. Um dos caminhos de cura é a coeducação entre mulheres, encontros com terapias manuais corporais. Encontros (des)centramentos para tratar nosso corpo massacrado pelas telas, pelas mazelas do capital..
Um dos principais princípios do coletivo é cuidar para sermos regidas por simbologias integradoras. Ao participar de vivências em roda vamos compreendendo a formatação institucional. em que "o quadrado ainda impera como desenho rígido, ângulos retos, linhas estáticas". Portanto, no desenvolvimento do referido coletivo.
"o estudo sobre a simbologia do circulo revelou-se essencial (...) são propriedades simbólicas do círculo, a perfeição e a ausênciade distinçãoou divisão. Sua imagem evoca equilíbrio, totalidade, integração de diferenças, interdependência. Roda, círculo, mandala; não é uma bela imagem para a prática educativa?" (Luciana Ostetto, 2009:179).
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Pelo caminho a (há) poesia, a aprender a soltar deixar fluir não conter, criar caminhos de gestão compartilhada, encontros e afirmação de nosso poder sutil presente nas nossas artesanias. Giro por entre flores, manda
las, filtros...

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